
AYAHUASCA NÃO É DROGA!
Em decorrência do preconceito por parte de setores conservadores da sociedade, em 1985 o governo brasileiro acrescentou a ayahuasca na lista de substâncias controladas pela Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de Medicamentos – DIMED. A União do Vegetal se manifestou, em união a outros grupos, solicitando a revisão desse parecer ao Conselho Federal de Entorpecentes do Ministério da Justiça – CONFEN. A pesquisa foi realizada por uma comissão interdisciplinar composta por juristas, psiquiatras, psicólogos, sociólogos e antropólogos, que analisaram o contexto de seu uso nas comunidades usuárias da ayahuasca.
O parecer da pesquisa foi submetido à plenária, em 31 de janeiro de 1986, aprovado por unanimidade a autorização para o uso da ayahuasca em contexto religioso, resultando na Resolução número 06 de 04 de fevereiro de 1986. Portanto, novos problemas surgiram, através de denuncias anônimas que afirmavam o mau uso do chá por parte de alguns segmentos.
A União do Vegetal sugere a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados à instalação de um novo grupo de estudo que foi formado por representante do governo, Departamento Médico e Cientifico da UDV – DEMEC entre outras Instituições. O resultado desse estudo aponta inofensivo o uso da ayahuasca em contexto religioso; em 02 de junho de 1992, o CONFEN decidiu deliberar definitivamente o uso do chá para fins religiosos.
Apesar dos resultados das pesquisas serem favoráveis, pessoas mal esclarecidas e desinformadas acreditam de maneira errônea que a ayahuasca é droga. Ao contrário, o chá tem o poder de curar diversas enfermidades, inclusive à cura no vício de drogas pesadas. Pesquisadores afirmam que um dos componentes da ayahuasca é o Dimetiltriptamina ou simplesmente DMT. Uma substância que contenha o DMT, para ser enquadrada como droga, dentro das leis científicas atuais, precisa conter ao menos 2 % de DMT. No caso da ayahuasca este percentual é 0,02 %, ou seja, 100 vezes menor que a taxa mínima necessária para que uma substância seja taxada como droga.
FONTE DE PESQUISA: LIMA, Emmanuel Gomes Correia. O Uso Ritual da Ayahuasca: da Floresta Amazônica aos Centros Urbanos. 2004. Monografia (Conclusão do curso de graduação em Geografia) Universidade de Brasília.
Fonte:artigosenotas
A Ayahuasca é uma bebida alucinogênia, feita a partir de uma mistura de ervas amazônicas, que é capaz de provocar alterações da consciência por cerca de 10 horas, sendo, por isso, muito utilizada em vários tipos de rituais religiosos índios para abrir a mente e criar visões místicas.
Esta bebida contém uma substância, conhecida como DMT, que imita o efeito de um neurotransmissor do corpo humano capaz de criar estados de consciência sobrenatural, levando as pessoas a ter visões relacionadas aos seus próprios problemas, sentimentos, medos e experiências.
Por ter este efeito, algumas religiões e cultos utilizam a bebida como um ritual de limpeza, no qual a pessoa abre sua mente e enfrenta todos seus problemas com clareza. Além disso, como a mistura causa efeitos colaterais como vômitos e diarreia, é vista como um purificador completo, limpando a mente e o corpo.

Como pode ser usada na medicina
Esta bebida está sendo estudada pela medicina ocidental para que possa ser utilizada no tratamento de diferentes tipos de problemas psiquiátricos, como:
- Depressão: diferentes pessoas afirmam que, durante a experiência com Ayahuasca, se tornaram capazes de ver e resolver com mais clareza os problemas que estavam na base da doença.
- Síndrome do estresse pós-traumático: o efeito alucinogênio permite reviver as memórias que levaram ao surgimento da síndrome, permitindo enfrentar os medos ou facilitar o processo de luto.
- Vícios: o uso de Ayahuasca leva a pessoa a ter um olhar mais profundo das suas ideias, problemas, crenças e estilos de vida, provocando alterações nos hábitos negativos.
No entanto, os cultos que a usam regularmente, afirmam que esse tipo de efeito medicinal só surge quando a pessoa está determinada a enfrentar seus problemas, não podendo ser utilizada como um simples remédio que é ingerido para provocar o efeito esperado.
Possíveis efeitos colaterais
Os efeitos secundários mais frequentes que podem ocorrer com a ingestão de Ayahuasca são vômitos, náuseas e diarreia, que podem surgir logo após beber a mistura ou durante as alucinações, por exemplo. Outros efeitos relatados incluem ainda suores excessivos, tremores, aumento da pressão arterial e aumento dos batimentos cardíacos.
Embora não seja um bebida ilegal, não deve ser utilizada de forma leviana.
Fonte: Suasaúde.
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