sábado, 6 de abril de 2019

Rezo no cinema Shazan e trailer's

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Todos nós temos um super-herói dentro de nós, basta um pouco de mágica para trazê-lo para fora. No caso de Billy Batson,  no caso de Billy Batson (Angel), basta gritar uma palavra – SHAZAM! – para que o jovem malandro de 14 anos se transforme no super-herói adulto Shazam (Levi), cortesia de um antigo mago. Um menino em sua essência – dentro de um corpo sarado, como o de um deus – Shazam se esbalda nesta versão adulta dele mesmo fazendo aquilo que qualquer adolescente faria com superpoderes: divertir-se com eles!
Ele é capaz de voar? Tem visão de raio-X? Consegue soltar raios pelas mãos? Pode perder a prova de estudos sociais? Shazam começa a testar os limites de suas habilidades com a despreocupação típica de uma criança. Contudo, ele precisará dominar estes poderes rapidamente para lutar contra as forças do mal controladas pelo Dr. Thaddeus Sivana (Strong).

Veja os Trailer de SHAZAN
Trailer legendado do filme Shazam!
Novo trailer legendado do filme Shazam!
Novo Trailer legendado "Qual seria o seu superpoder?" do filme Shazam!
Novo Trailer legendado "Duas verdades e uma mentira" do filme Shazam!
Novo Trailer legendado "Fatos Incríveis" do filme Shazam!











Novo trailer legendado do filme Shazam!
Fonte:cafecomfilme

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Gatos, seres místicos e nossos protetores espirituais


Os gatos são animais que possuem a espiritualidade muito aguçada no próprio olhar, assistem e sentem tudo ao seu redor.
Eles apresentam uma visão muito apurada de tudo que ocorre a sua volta, podendo até sentir as energias eletromagnéticas negativas tanto de nós quanto dos ambientes, de nossa casa, tais como: ódio, angústia, raiva, tristeza das pessoas.
Não é à toa que os gatos têm sete vidas, afinal, são animais livres, espertos, independentes e caçadores. Eles são considerados bichos sagrados, pois transmitem amor, harmonia, vida, alegria, energia positiva por onde passam, elevam nosso padrão vibratório e eles têm também o poder de afastar, literalmente, as almas trevosas dos ambientes.
Qualquer pessoa que conviva com o gato, facilmente, percebe essas características e as encara como verdadeiras.  Os gatos parecem ter um sensor extrassensorial, uma visão diferenciada, além do normal.  Dão a impressão de pertencer a uma esfera superior, a um nível mais elevado de consciência e isso realmente é verdadeiro.
Podemos sim afirmar que todos os gatos têm o poder de remover energias negativas acumuladas em nosso corpo. Se há mais de uma pessoa na família e só um gato, ele pode sim acumular uma quantidade excessiva de negatividade ao absorver tanta negatividade. E quando eles dormem, eliminam a energia negativa que acumularam.
Se estivermos estressados, eles podem não ter tempo suficiente para eliminar essa energia e, consequentemente, elas se acumularão como gordura até que possam ser eliminadas, portanto, eles se tornarão obesos e você achava que era a comida que os alimentava os engordara. E quando eles precisam recarregar as baterias, ficarão um bom tempo ao sol para absorverem mais energia vital.
Os felinos também nos protegem durante a noite para que espíritos indesejáveis não se aproximem enquanto dormimos.  Por isso, eles gostam de dormir em nossa cama. Se eles verificarem que estamos bem, não dormirão conosco.  Se eles percebem que há algo errado em nosso lar, eles ficam por perto para nos proteger.
Se há visitas em casa e eles percebem que tem algo negativo, eles começam a dar voltas (circundarão) para nos proteger e recolher tal energia.
Então, é bem fácil saber como anda a energia de uma pessoa que entra em sua casa. Se os gatos se aproximam para serem acariciados por elas, relaxe, é uma pessoa do bem. Com certeza, os felinos sentem a energia daquelas pessoas que os querem bem, não tenha dúvidas.
O gato pode ter vindo a você  de modo físico, desconhecido, pode ser ainda um débito cármico que ele terá de pagá-lo, portanto, não afugente o gato, pois ele terá de retornar para cumprimento de sua missão.
Se você não tem gato e um gato vira-latas aparece em sua casa é porque você precisa de um gato, principalmente, nessa época. Deixe-o passear pela casa e agradeça a ele pelo trabalho de limpeza energética.
Você sabia que os gatos têm o poder de cura?
Pasmem e como têm!!! Na época de Atlântida, os curandeiros usavam cristais em trabalhos os quais serviam como um verdadeiro canal de cura. Quando os curandeiros visitavam vilas distantes, eles não podiam usar cristais, pois o povo desconfiava deles e achavam que era magia negra.  Nesses casos, carregavam seus gatos que faziam a mesma função dos cristais.  O povo não tinha medo dos gatos e, por isso, liberava a entrada em suas casas.  Dessa forma, os gatos tinham sido usados no processo de cura.  
Em muitas culturas, esses bichanos são considerados verdadeiros guardiões do portal da morte porque poderão estar em várias dimensões ao mesmo tempo de tão elevada é a consciência cósmica deles, ou seja, eles se materializam com muita facilidade em outros lugares, outras moradas, outros mundos, frequências energéticas pelo universo afora e lá trabalham cumprindo de fato suas missões. Terminadas as missões em outras dimensões, eles voltam para seu lar, sua moradia terrena.
São de fato nossos grandes companheiros de caminhada existencial! Sua energia é tão mágica, elevada espiritualmente falando que, ao olharmos, nos olhos dos gatos fixamente, ficaremos até hipnotizados, pois sua vibração energética está coligada com poderes, realmente, sobrenaturais, são clarividentes telepatas, possuem poder de visão, audição muito aguçado, portanto, sentem e veem tudo.
Os gatos são criaturas adoráveis, pura energia de luz, de amor, de limpeza energética, são verdadeiros trabalhadores silenciosos do mundo, Anjos da Guarda da humanidade. E como já dizia Leonardo da Vinci:
“Chegará um dia em que todo homem conhecerá o íntimo dos animais. Nesse dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a própria humanidade”.
Márcia Fernandes

Beterraba aumenta Força muscular em pessoas com insuficiência cardíaca.

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Não curte muito comer a beterraba na sua salada? Então, que tal dar uma chance a ela dentro de uma bebida? Estamos falando do suco de beterraba!

Não vire a cara para a bebida antes de conhecer os benefícios do suco de beterraba e vantagens que pode trazer para a nossa saúde, que separamos abaixo.


benefícios da beterraba 

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Na lista a seguir, você pode conferir alguns dos benefícios do suco de beterraba. Dê uma conferida neles, quem sabe eles não te convencem a incluir a bebida em suas refeições?

1. As propriedades da beterraba

A beterraba é composta em 88% por água, além de ser fonte de outros nutrientes importantes para o funcionamento do nosso organismo como carboidratos, cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio, zinco, cobre, manganês, selênio, vitamina A, vitamina B3, vitamina B5, vitamina B9, colina (vitamina do complexo B), vitamina C e vitamina K.


2. Diminuição da pressão arterial

Pesquisas já mostraram que um dos benefícios do suco de beterraba é a redução da pressão arterial, que acontece em um período de poucas horas.

É provável que o efeito seja observado graças aos altos níveis de óxido nítrico que são encontrados no vegetal. Acredita-se que a substância faça com que os vasos sanguíneos sejam relaxados e dilatados.

3. Performance nos exercícios
Tanto a beterraba quanto o suco de beterraba possuem uma alta quantidade de nitratos. Esses compostos foram apontados por estudos como capazes de ajudar a melhorar a performance atlética, especialmente se estivermos falando de exercícios de resistência de alta intensidade.

Uma pesquisa divulgada em 2011 e realizada por um cientista da Suécia e demais colegas indicou que os nitratos mostraram reduzir o uso de oxigênio durante a prática de atividade física. Isso acontece por meio de uma interferência na eficiência das mitocôndrias, órgãos celulares responsáveis pela produção de energia.


4. Força muscular em pessoas com insuficiência cardíaca

Mais um dos benefícios do suco de beterraba refere-se ao aumento da força muscular em pessoas com insuficiência cardíaca. Quem afirmou isso foi o Health Line, que embasou a afirmação em uma pesquisa do ano de 2015.

O estudo em questão apontou que pessoas com a condição que registraram um crescimento de 13% em sua força muscular depois de duas horas após consumirem a bebida.

5. Ação antioxidante
O Health Line também explicou que as beterrabas ganham a sua cor vibrante, graças as chamadas betalainas, substâncias antioxidantes presentes na composição do vegetal. Elas são conhecidas como removedoras de radicais livres, compostos prejudicais ao corpo e associados a problemas como envelhecimento precoce e doenças graves como o câncer.

6. Fonte de potássio
Tomar o suco de beterraba em moderação pode auxiliar a manutenção de níveis ideais de potássio no organismo.

O mineral é importante para o funcionamento adequado dos nervos e músculos, e níveis muitos baixos do nutriente podem causar problemas como cãibras musculares, fadiga, fraqueza e até mesmo ritmo cardíaco anormal, algo que pode colocar a vida em risco.

7. Saúde da gestação
A beterraba é fonte de vitamina B9, também conhecida como ácido fólico ou folato e que é um nutriente importante para a gravidez. Isso porque a vitamina ajuda a prevenir a ocorrência de anomalias no tubo neural.

O tubo neural é composto por segmentos do corpo humano que dão origem ao eixo central do sistema nervoso na cabeça e na coluna vertebral do neném.
Receita de suco de beterraba

Ingredientes:
1 beterraba pequena;
1 limão galego;
Açúcar ou adoçante a gosto;
1 ½ copos de água;
Pedrinhas de gelo.

Modo de preparo:

Descascar, lavar, cortar e reservar a beterraba; Descascar, lavar, cortar e retirar todas as sementes do limão; Colocar todos os ingredientes no liquidificador, com exceção das pedrinhas de gelo, e bater bem; Adicionar as pedrinhas de gelo e servir-se imediatamente.

Atenção: é importante tomar o suco de beterraba natural imediatamente depois do seu preparo porque a bebida pode perder logo as suas propriedades nutricionais e, portanto, os seus benefícios. O chamado processo de oxidação que acontece por meio do calor e da exposição ao oxigênio e à luz pode fazer com que certos nutrientes percam a sua eficiência. Por isso, quando não for possível tomar o suco na hora em que ele for feito, a sugestão é armazená-lo em garrafas escuras muito bem vedadas para evitar ou atrasar o processo.
Cuidados com a beterraba


Vale a pena maneirar no consumo da beterraba, especialmente quem tem propensão ao desenvolvimento de cálculos renais, porque o alimento é rico em oxalato, compostos que podem contribuir justamente com a formação de cálculos nos rins. Essas substâncias também podem interferir com a absorção de micronutrientes.

O vegetal também é composto pelos chamados FODMAPS, carboidratos de cadeia curta que alimentam a bactéria do intestino. Em pessoas sensíveis, como as que sofrem com a síndrome do intestino irritável, esses compostos podem causar perturbações digestivas.

Para quem sofre com pressão baixa, o consumo do suco de beterraba pode ser prejudicial, já que um de seus efeitos é justamente a redução da pressão. A ingestão da bebida pode aumentar os riscos da pressão ficar baixa demais.

O alerta também serve para quem tem hipertensão e segue um tratamento com remédios que provocam a queda da pressão. Vale a pena conversar com o médico e verificar se o uso do suco de beterraba não é contraindicado.

Vídeo:

fonte:.mundoboaforma.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Pesquisas da USP e UFRN confirmam a eficácia da ayahuasca no tratamento da depressão e alcoolismo.


Nenhuma descrição de foto disponível.


Pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP).

A Revista Brasileira de Psiquiatria publicou um estudo sobre o uso de ayahuasca para tratamento da depressão. As sessões foram conduzidas no Departamento de Neurociência e Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP).

No primeiro dia depois da ingestão, os níveis de depressão caíram 62%, diminuindo ainda mais em 72% no sétimo dia, subindo um pouco no 14º e voltando a cair no 21º.

As mudanças mais marcantes nas pontuações foram causadas por itens relacionados ao humor, sentimentos de culpa, intenções suicidas e dificuldades no trabalho e outras atividades.

Os medicamentos tradicionais usados no tratamento de depressão demoram em média 2 semanas para fazer efeito, enquanto a ayahuasca mostrou benefícios logo no primeiro dia após sua ingestão.

Fonte: Rev. Bras. Psiquiatr. vol.37 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2015

fonte.@rakendrabr (facebook)



Conforme originais da pesquisa realizada pelo Departamento de Neurociências e Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto - SP - Brasil, em conjunto com


Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Medicina Translacional (INCT-TM), Brasil, em conjunto com:

Centro de Investigação de Medicamentos, Serviço de Farmacologia Clínica, Hospital da Santa Creu e Sant Pau, Barcelona - Espanha,

Departamento de Clínica Médica, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal - RN - Brasil

Hospital Universitário Onofre Lopes, UFRN, Natal - RN - Brasil

Instituto do Cérebro, UFRN, Natal - RN - Brasil

Neuropsicofarmacologia Experimental Humana, Institut de Recerca, Hospital da Santa Creu e Sant Pau, Barcelona - Espanha

Departamento de Farmacologia e Tratamento, Universitat Autònoma de Barcelona, ​​Espanha

Centro de Investigação Biomédica em Red de Saúde Mental, CIBERSAM, Barcelona - Espanha
em seu paragrafo final, conclui.
"Os resultados deste estudo preliminar demonstram os efeitos antidepressivos e ansiolíticos potenciais do AYA, efeitos que, mais importante, têm um início de ação mais precoce quando comparados aos antidepressivos tradicionais. Esses achados sugerem que o AYA pode representar uma nova substância poderosa para o tratamento de sintomas depressivos e ansiosos. No entanto, esses resultados merecem uma análise cuidadosa, dadas as limitações inerentes de um estudo aberto, não controlado, com um pequeno tamanho da amostra. Outros estudos são necessários para replicar estas observações preliminares e para testar, por exemplo, a dose mais eficaz (ou doses) de AYA e a segurança, tolerabilidade e eficácia da administração de AYA durante um longo período de tempo."

Pesquisa na integra link http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462015000100013&lng=en&nrm=iso&tlng=en&fbclid=IwAR2Ah-gKA19fJJPSMlL6LS9z71qid2GyBNhIBiaiz3fEe0EjyMukYMfvo-M.

Colaborador:Dhyan Zen

Pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Imagem tirada em fevereiro de 1999 de uma liana Ayahuasca em Tarapoto, no nordeste da selva do Peru — Foto:  Jaime Razuri/AFP/Arquivo

Uma pesquisa desenvolvida no Instituto do Cérebro (ICe) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte testou a ayahuasca como antidepressivo, e obteve resultados iniciais positivos em pessoas que apresentam quadro de depressão. A solução psicoativa é usada comumente em cerimônias religiosas, como Santo Daime e Jurema. Contudo a ciência tem se debruçado sobre a utilização medicinal desse chá.


De acordo com o que afirma a pesquisadora Fernanda Palhano, que defendeu este ano sua tese de doutorado com base nesse teste, orientada pelo professor Draulio Araújo, a maior parte das pessoas que tomou a ayahuasca apresentou melhora nos sintomas depressivos. Segundo ela, foram 64% dos pacientes que beberam o chá com melhora clínica em até sete dias após o experimento.


“Fizemos o que se conhece por ensaio clínico duplo cego randomizado. Isso significa pegar um grupo de pacientes, dividi-lo ao meio e de maneira aleatória separar os pacientes que vão fazer parte do tratamento que se quer testar, no nosso caso a ayahuasca, ou do grupo placebo. Além disso, nem pacientes nem pesquisadores sabiam qual a substância, ayahuasca ou placebo, estava sendo administrada, daí o termo duplo (para pacientes e pesquisadores) cego”, explica.


Para a pesquisa, foram selecionados pacientes que tinham depressão resistente ao tratamento. “Ou seja, pessoas que já tinha feito uso de diversos antidepressivos comerciais, mas que não tinham melhora do quadro depressivo. Além disso tínhamos um grupo de indivíduos saudáveis, que foram usados como controle”, detalha a pesquisadora.


Ao todo, 29 pessoas com depressão participaram da experiência, além das 50 pessoas saudáveis do grupo de controle. Entre os doentes, 15 receberam placebo e 14 a substância real.


Procedimentos



O experimento durava quatro dias. No primeiro dia, o paciente era submetido a uma série de avaliações, tais como entrevistas com psiquiatra, psicólogo, exame de ressonância magnética funcional.


Fernanda Palhano relata que a pessoa dormia no hospital enquanto fazia uma eletroencefalografia (método de monitoramento utilizado para registrar a atividade elétrica do cérebro) durante o sono. Pela manhã, eram coletadas amostras de sangue e saliva. Na mesma manhã, era feita a administração de uma única dose da substância (ayahuasca ou placebo).


“A sessão de tratamento tinha duração de aproximadamente 8 horas. Ao final da tarde o paciente era liberado para voltar para casa. No dia seguinte, ele retornava ao hospital e as mesmas avaliações do primeiro dia eram refeitas. Novamente ele dormia no hospital, e no outro dia, pela manhã, era liberado”.


O paciente retornava para consultas com o psiquiatra 7 dias, 14 dias e 1 vez por mês durante 6 meses após o tratamento.


“Nosso primeiro resultado é com relação ao efeito antidepressivo da ayahuasca, aos dados das escalas psiquiátricas que medem a gravidade da depressão. Vimos que logo no primeiro dia após o tratamento há uma diminuição significativa dos sintomas depressivos nos pacientes que beberam ayahuasca quando comparados aos que beberam placebo”, conta a pesquisadora.


Esse efeito, de acordo com Fernanda Palhano, permanece e é ainda maior 7 dias após o tratamento. “Com 7 dias, encontramos que 64% dos pacientes do grupo ayahuasca (nove pessoas) tem uma resposta clínica, enquanto que apenas 27% dos pacientes do grupo placebo (quatro pessoas) melhoraram”, afirma.


As informações obtidas nos exames realizados ao longo do experimento estão sendo analisados pelos pesquisadores do Instituto do Cérebro. De acordo com Fernanda Palhano, esses exames médicos ainda podem ajudar a compreender os mecanismos de ação da ayahuasca no organismo e o porquê de o chá ter o efeito antidepressivo mostrado nos testes. “Outra parte importante do trabalho é entender o que muda nesses pacientes com depressão quando comparados aos controles saudáveis”, acrescenta.


Segundo Fernanda Palhano, o próximo passo da pesquisa é ampliar a quantidade de pacientes tratados, e testar esquemas de tratamento de pacientes através da ayahuasca, não mais apenas ministrar uma dose do chá.

Experimentos começaram em 2006

O professor Draulio Araújo, orientador da tese de doutorado de Fernanda Palhano, diz que o projeto de pesquisa do uso da ayahuasca como antidepressivo começou ainda em 2006. “Em Ribeirão Preto, quando eu ainda era professor da USP (Universidade de São Paulo). A primeira etapa do projeto previa a realização de um ensaio aberto, sem placebo, para avaliar preliminarmente os efeitos antidepressivos, bem como efeitos adversos do uso da ayahuasca por pacientes com depressão severa. Essa etapa do projeto foi coordenada pelo professor Jaime Hallak, da psiquiatria da USP de Ribeirão Preto”, complementa.


Em 2011, foi iniciada a segunda fase do projeto, já em Natal e sob a coordenação do professor Draulio. Nessa fase, os pesquisadores realizaram o que se conhece como "Randomized Placebo-Controlled Trial", que é feito controle pelo placebo. “Em outras palavras, alguns pacientes foram submetidos a uma única sessão com Ayahuasca, e a outra metade, placebo. A fase de coleta de dados dessa etapa durou 2 anos e meio, e foi finalizada em meados de 2016. Atualmente estamos analisando os dados coletados e escrevendo os manuscritos associados a eles”, reforça Draulio Araújo.


De acordo com o professor, os estudos atuais sobre o uso terapêutico da ayahuasca têm focado principalmente em pacientes com depressão, e no tratamento do uso abusivo de substâncias, principalmente de álcool.
Psiquiatra e professor da Unifesp Dartiu Xavier da Silveira — Foto: Cedida/Arquivo Pessoal

Ayahuasca contra o alcoolismo


O psiquiatra e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Dartiu Xavier da Silveira desenvolveu uma pesquisa em que relaciona o uso do chá de ayahuasca em contexto religioso ao tratamento de alcoolismo. “O que chamou a atenção pra gente de cara foi que a gente descobriu várias pessoas que eram alcoólatras há mais de 40 anos e, quando entraram em uma dessas religiões ayahuasqueiras simplesmente abandonaram o uso de álcool”, relata.


De acordo com Dartiu Xavier, quatro desses casos foram estudados e documentados na pesquisa de uma tese de doutorado.


Depois disso, o professor passou a estudar os efeitos da ayahuasca em adolescentes. Foram comparados adolescentes que tomavam o chá com outros que nunca haviam tomado. “Foram oitenta adolescentes. Os que usavam ayahuasca tinham menos sintomas depressivos, menos sintomas ansiosos, mais capacidade de se concentrar. As meninas adolescentes que tomavam ayahuasca tinham menos alterações da imagem corporal, menos problemas de transtornos alimentares. Ou seja, era um grupo mais sadio do que o que não usava ayahuasca”, resumiu.


Segundo Dartiu, as pessoas que participaram dos experimentos tomavam o chá duas vezes por mês. Com relação aos possíveis efeitos colaterais e segurança de tomar a ayahuasca, os efeitos colaterais do chá, o professor diz que esse tema também foi alvo de investigação pelos pesquisadores. Foram feitos testes psicológicos com pessoas que começaram a tomar a bebida ainda crianças, para saber se elas tinham alguma alteração.


“E não. O desempenho delas foi excelente, mostrando que a ayahuasca, mesmo que começando a ser usada precocemente, desde que seja no contexto ritualizado, contexto de ritual religioso, não é prejudicial ao cérebro”, revela.


Neurocientista Sidarta Ribeiro, diretor do Instituto do Cérebro da UFRN — Foto: Rafael Barbosa/G1

“O que vem aí é uma revolução”


O neurocientista Sidarta Ribeiro, diretor do Instituto do Cérebro (ICe) da UFRN, afirma que a ciência está se abrindo mais para as substâncias psicodélicas. “Vai ser como uma nova indústria. O que vem aí é uma revolução. Há uma tensão entre quem vai tomar conta nisso, mas o que é obvio é que essa revolução é inevitável”, disse.


Sidarta defende que o futuro da Medicina estará atrelado às descobertas relacionadas aos psicodélicos e canabinoides, substâncias que compõem a maconha.


As pesquisas procuram cada vez mais comprovar capacidade medicinal dessas substâncias químicas, sob a expectativa de que elas venham a se tornar remédios para diversos tipos de doenças. Parte delas já é usada pela Medicina, principalmente os derivados da Cannabis Sativa. Já há decisões judiciais em diferentes lugares do Brasil que autorizam o uso de medicamentos à base de Canabidiol (CBD), por exemplo, para tratar convulsões.


Dentro dos estudos que se debruçam sobre o tema, há os testes com as substâncias puras e complexas. Ou seja, as substâncias em seu estado originário, individual, e a combinação delas, segundo ele explica Sidarta Ribeiro. E ainda não há resposta na ciência para qual das duas tem melhor reação para determinados tipos de usos terapêuticos.


“A mistura que é feita no chá de ayahuasca é uma mistura psicoativa muito poderosa, que vai muito além do DMT (N,N-dimetiltriptamina , um composto presente no chá). É possível que muito dos benefícios terapêuticos que advêm do uso da ayahuasca sejam devido justamente a essa interação”, diz.


Para Sidarta Ribeiro, a pesquisa desenvolvida no ICe evidencia o potencial da ayahuasca. “Na pesquisa do Draulio e da Fernanda eles mostraram que, em um ambiente controlado, num hospital, não tava na igreja, mas havia um cuidado com a pessoa, tem um resultado. E o resultado foi lindo e forte”.


Em outubro, Sidarta Ribeiro e Draulio Araújo assinaram como coautores um artigo do professor Stevens Rehen, do Rio de Janeiro, em que apontam o DMT como um estimulante das atividades cerebrais no que diz respeito à capacidade de aprender. “aumenta a plasticidade do cérebro”, afirma Sidarta. O estudo, feito a partir da criação de organoides que imitam o cérebro, é considera também um avanço no campo.


Apesar de a ciência ter avançado nas pesquisas, segundo Sidarta não é fácil atuar nessa linha de pesquisa. O Instituto do Cérebro publica desde 2012 sobre ayahuasca e, além dos pesquisadores brasileiros, há poucos grupos no mundo que se debruçam sobre o tema.“São substâncias poderosas que hoje ainda é difícil usar, estudar, estão relegadas ao mundo ilegal. Porém isso está mudando rapidamente no mundo. No Brasil nem tanto, mas na pesquisa nós brasileiros estamos na vanguarda”.

Fonte: G1 RN